Motorista do veículo foi detido após o acidente; segundo a Secretaria Municipal de Saúde, 16 pessoas estão feridas, quatro delas em estado g...
Motorista do veículo foi detido após o acidente; segundo a Secretaria Municipal de Saúde, 16 pessoas estão feridas, quatro delas em estado grave
Um carro invadiu o calçadão da Avenida Atlântica , na Praia de Copacabana , na zona sul do Rio de Janeiro, e atropelou 17 pessoas por volta das 20h. O veículo, um Hyundai i30 preto preto, passou pela via, atravessou a ciclovia foi parar na areia da praia. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, uma menina de apenas de oito meses, identificada como Maria Louise, morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Ainda segundo a Secretaria, 16 pessoas estão feridas. Quatro vítimas estão em estado grave: a mãe da bebê morta, duas crianças e um turista australiano, que respira com a ajuda de aparelhos.
O motorista, identificado como Antonio de Almeida Anaquim, 41 anos, foi detido pela polícia e prestou depoimento no 12ª DP ( Copacabana ). Segundo testemunhas, pessoas tentaram agredir o homem logo após o acidente, mas a chegada dos agentes impediu o linchamento. O homem alegou ser epilético e teria tido uma crise ao volante e desmaiado. A polícia ainda averigua a veracidade da informação, mas remédios para epilepsia foram encontrados dentro do veículo.
"Ele alega epilepsia. Encontramos remédios para convulsão dentro do carro. Chegamos a tempo e evitamos que ele fosse linchado", disse o coronel Murilo Angelloti, comandante do 19º BPM (Copacabana). Ainda segundo o coronel, o motorista não apresentava sinais de embriaguez, mas será submetido ao exame toxicológico no Instituto Médico-Legal (IML). De acordo com o Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro (Detran-RJ) Antonio de Almeida Anaquim está com a carteira de habilitação suspensa. Ele acumulou 62 pontos por infrações e 14 multas nos últimos 5 anos. Entre as multas, estão infrações por alta velocidade, parar em local exclusivo para deficiente e avançar o sinal vermelho.
Revoltado, Darlan Rocha, pai de Maria Louise, esteve na delegacia e pediu a prisão do motorista. "Ele é um assassino, não deveria estar dirigindo. E agora o que acontece? Minha filha está morta", disse. Darlan, que é motorista, estava trabalhando na hora do acidente e disse que a mulher estava passeando na praia com a criança.
O que dizem as testemunhas
"Estávamos caminhando pela área e ouvimos um barulho muito alto. Crianças estavam jogadas no local, o pessoal bastante machucado. Não sabemos se ele estava realmente bêbado, mas parece que perdeu a direção. Foi muito susto mesmo.", disse a testemunha João Paulo Siqueira, de 19 anos, ao jornal O Dia.
Imagens de testemunhas mostram o carro que invadiu o Calçadão e Praia de Copacabana
"Moro aqui em frente e estou revoltada com o tempo que as ambulâncias demoraram para retirar até o último acidentado. Retiraram o último acidentado duas horas depois.", reclacou a professora Irma Dornellas, 61 anos.
"Só ouvi um barulho e me joguei na areia, saindo da praia. Foi muito rápido. O carro atingiu minha perna, levemente. Minha esposa torceu o joelho.", disse o servidor público Sérgio Serpa, de 52 anos, que teve escoriações leves.
Por causa do acidente, O Centro de Operação da Prefeitura (COR) interditou duas faixas da Avenida Atlântica, no sentido Leme, para atendimento às vítimas do atropelamento. O trânsito tem retenções no trecho.
* Com informações do Jornal O Dia