A prática deve se tornar crime no prazo de 1 ano e 8 meses quando entra em vigor e penas podem variar entre 7 e 12 anos de prisão. Medida f...
Três freiras da Congregação das irmãzinhas da Imaculada Conceição pertencentes à Diocese de Diamantino estão na Bolívia sem nenhuma ou com pouca comunicação desde a última segunda-feira (15) quando os protestos contra a aprovação do novo código penal tiveram maior adesão da população.
O País de Evo Morales no dia 14 de dezembro de 2017 apresentou o Codigo del Sistema Penal Boliviano que criminaliza algumas atividades de todas as religiões, principalmente a conversão religiosa ou recrutamento para religião ou culto e causou temor a familiares a amigos das irmãs Elba, Telma e da noviça Erica que estão em missão no Estado boliviano, sendo uma delas a aproximadamente 200 quilômetros de distancia da fronteira com o Brasil e outras duas na região fronteiriça.
O Magazine Noticias conversou com o líder da diocese de Diamantino o Padre Reinaldo Braga Junior que informou a nossa redação que as freiras estão em áreas consideradas de risco por conta da movimentação de homens do governo fortemente armados e que a comunicação com 2 delas e nula ou pouca, mas tranquiliza sobre boatos de prisões e com informações sobre a grande distancia dos locais de conflitos (La Paz e Cochabamba) dos locais de missão das irmãs.
"A região e de risco, mas não temos noticias de cárceres por parte do governo boliviano, acredito que elas estejam bem ate pela distancia em que elas estão dos locais de conflito que são Cochabamba e La Paz" - "O trabalho missionário termina ainda nesta sexta-feira (19) e teremos um ônibus que deve recolher todos os missionários na Bolívia e trazer para o nosso lado da fronteira, o mais prudente seria esperar ate a manha deste sábado para dar mais informações", esclarece o pároco que e líder da Diocese de Diamantino.
Os cristãos não são os únicos a protestarem contra o novo Código Penal de Evo Morales, mas também os jornalistas. Os artigos 309, 310 e 311 tornam crimes qualquer tipo de “insulto, calúnia e difamação” e até mesmo a publicação de “segredos” nos meios de comunicação, violando a Lei de Imprensa e a própria Constituição.
Para Morales, os protestos promovidos por religiosos, jornalistas e outros profissionais fazem parte de manobras conspiradoras, junto com a oposição, “contra o governo e o processo de mudança”.